domingo, 11 de maio de 2014

não gosto de apertos

Não sou complicada. Não sou. Sou esclarecida e quando não sou, não sou nada, nem complicada, nem descomplicada, nem interessada, nem interessante.

Procuro respostas: nem sempre têm de vir em formato palavra. As que gosto mais são precisamente as que não chegam assim.

Mas aprendi que quando as respostas não chegam, não vale a pena fingir que não nos interessam. Há que procurá-las antes que não seja preciso fingir mais desinteresse porque o interesse terminou mesmo, e que me resigne à falta delas como dado inalterável, e depois daí não saio, daí ninguém me tira.

Se achasse que não valia a pena, não ia procurar a resposta. Mas vou. Depois decido, aliás, espero decidir em conjunto.







segunda-feira, 5 de maio de 2014

would you lie with me and just forget the world?

Já não há gente romântica. Morrem todos de medo.
Não ser romântico, não significa que se goste menos: só que se expressa menos ou até que não se sabe ser romântico e ponto.

Não há mal nenhum em ser um doido romântico. Pelo contrário, acho que só quem não tem medo de se expressar, o consegue ser. E quem não tem tanto medo da sua expressão, será certamente mais feliz. E eu admiro gente que não tem medo de dizer o que pensa, quanto mais o que sente.

Não há nada mais atraente do que um homem romântico. (Se eles soubessem disso... iam aumentar o índice de engates, as mulheres derretem-se... alguns andam tão distraídos!)

Acho que as pessoas não são mais românticas porque controlam o que lhes apetece fazer, pensam que não é ajustado, têm medo da reacção do outro, acham ridículo. Mas, esperem, o amor não é é ridículo? Ter uma espécie de elástico nas bochechas que nos puxa os lábios e estica  um sorriso idiota sempre que falamos de quem gostamos não é ridículo? Mas há coisa mais bonita? Oh por favor! :)

Bem, eu sou romântica. Sou estupidamente romântica. Queria ser mais romântica ainda mas sou estupidamente indecisa.

Romantismo não significa que fiquemos cegos, quem não é romântico pode estar cego de amor. Ser romântico é uma espécie de linguagem.

É possível que muitos confundam romantismo com dependência ou paixão a mais. Mas isso não tem nada a ver. Alguém que fica um dia inteiro em stress e não passa o dia a trocar recadinhos com a cara-metade pode ser romântico. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

O amor vive da linguagem com que se fala. O amor não nasce um dia e fica ali sentado o resto dos tempos à espera de ver o que se passa, a contar os carros e a ouvir as conversas perto da máquina de café. Hey! O amor (esse amigo do peito) precisa de ser alimentado, precisa de sentir borboletas, precisa de arrepios na nuca, precisa de abraços de manhã, de beijos sem perspectiva de outro fim que não seja no chão da sala.

OMG. Quero isto tudo. Alguém me mande a receita, por favor.

Muito grata.
(agora cala-te e trabalha)






quarta-feira, 16 de abril de 2014

Mais um ano, e que ano que foi, I am ready. Cenas de uma manhã de mau feitio.

Já não escrevia aqui há algum tempo. Já estava a ficar com saudades.

Os dias têm corrido loucos.

Tantas novidades?! Algumas :) tenho mais um ano entretanto, o que é sempre uma óptima novidade. Adoro fazer anos, celebração, sorrisos, amigos, abraços, felicidade que é o que queremos.

Daqui a uns dias vou à minha terrinha, sinto falta da minha gente, da minha casa, da minha terra de rijos.

Com mais um ano, chega a altura de fazer o balanço daquele que passou. Os 28 anos foram até agora "os anos" da minha vida. Acho que cresci mais o ano passado do que nos 27 anteriores (que exagero!!!).

O ano de Londres alones, das conquistas, das decisões, de sair da zona de conforto, de largar o que conhecemos do amor apenas em busca de melhor, sem saber se há melhor. O ano em que voltei à loucura deste escritório e em que sinto que tenho TANTO para aprender. E para acabar o ano, quieta que estava eu, veio alguém que me desencaminhou. Ou será que fui eu que o desencaminhei? it doesn't matter. Foi já no final dos 28 que eu  não quis saber e fui, fui de corpo e senti no corpo o que não tinha sentido antes.

O que virá agora com 29?

Que venha o amadurecer destas experiências, que venha a curiosidade por coisas novas, que a paixão se mantenha, que a minha família seja feliz, que os amigos estejam sempre aqui,  que o começar de uma vida de "ser crescida", por favor, me mantenha as gargalhadas. Eu aguento tudo, menos um dia sem rir.

Estou preparada, então.

Também estou preparada para treinar a minha paciência mas acho que vou precisar de alguma ajuda nisto. História da minha manhã: acordei bem disposta como, diga-se, quase sempre acordo (com a graça do Senhor!) e vim para o office (diz q há coisas melhores, mas teve de ser assim!), café, música, e mandei uma música para o miúdo (falei-vos dele há uns tempos, o sr do "ah vontade", atirei-me para os braços dele, pronto, já se deve ter percebido). Uma música gira! pelo menos eu achei... e lá fui eu ver o fb, ontem mal o abri... eis se não quando vejo algo que não gostei nada (relacionado com o miúdo) e vai daí vieram-me logo os azeites.

Tá-se beeeeeeeem!! Sei lá se tem algum mal ou não, mas não gostei e contra isso não se pode fazer nada. Eu não controlo o que o meu coração gosta ou não gosta à partida, o máximo de que posso ter consciência é de que com algum tempo vou olhar para as coisas de outra forma. Estou a esperar.

Não sou nada criança nestas coisas, pelo contrário, eu até sou muito parecida com os homens nisso: keep calm. Mas há coisas de que não gosto e pronto, e não estou para não gostar de muitas coisas. Se não gostar é porque não é por aí o meu percurso imediato. Dores no coração? Não obrigada. Vou ao gym para evitar ataques cardíacos, acabei um relacionamento de quase 8 anos que me ia acabando com esse motor. E envolvi-me com alguém quase tão doido como eu, se há coisa q eu sou é corajosa.

Eu dou tudo: Mel. Mas não tenho meio termo: ferro.

Estou a gostar tanto de ser mel, não queria sair disso mas o que tiver de ser será; não quero batalhar com os meus "não gostos", até porque a minha cabeça perde sempre essa luta e raramente consegue apagar "não gostos" do coração.





segunda-feira, 31 de março de 2014

Vou ali e já venho

Era o que me apetecia fazer agora, ir até ali num pé e não voltar tão cedo.

Reclamo muito mesmo mas nunca me recuso a nada, adoro o que faço e para mim não faria sentido viver de outra forma mas saber sair da bolha às vezes faz parte de manter a saúde mental. Preciso de férias.

Férias que não vão ocorrer tão cedo.

O que eu preciso afinal é de um mojito. "À segunda-feira?" Perguntam vocês... Sim, à segunda-feira, não dizem que é o dia mais difícil da semana? Então é por isso mesmo que eu preciso dele.

E já agora uma massagem também dava jeito porque sou tão pouco exagerada que me rebentei no gym e hoje mal consigo andar.

Do que é que preciso mais? Hmmm ... (de férias! ah mas isso já disse) também precisava de alguém para me engomar a roupa.  Se der para ser alguém que engome a roupa e me faça a massagem, meça um 1,85 e tenha uns bíceps trabalhados para me carregar os sacos das compras (claro!) também serve.


 

quarta-feira, 26 de março de 2014

Estranhezas à la Marta Maria

Não faço ideia o que se tem passado comigo nos últimos dias. Sinto-me a pairar e até gosto porque de certa forma sou uma miúda de emoções mas calmex#. Porque é que eu ando a mil?

Pois bem, diria que ando a mil porque (i) ando cheia de trabalho, (ii) porque me sinto menos concentrada do que o habitual, (iii) porque não páro em casa mais do que para dormir (às vezes) e (iv)  porque conheci alguém que em vez de me travar, me acelera mais (e a culpa não é dele, é minha que não sei o que ando a fazer!!!).

Ora, hoje que parei para pensar, o que é que se deu? Estou toda confusa desta cabeça, eu não controlei nada do que fiz nas últimas 2 semanas, fiz e pronto. E agora? Agora não sei onde é que estou. E aí sim se liga o complicómetro.

Em bom da verdade, eu sou uma pessoa que vai, que se deixa levar e corre e faz trinta por uma linha nesta vida louca, mas (lá está!) não vai sem pensar. Isto não significa que a pessoa não vá sabendo que vai temporariamente e que pode voltar ou não voltar, ou voltar toda partida com uma sova que tenha apanhado, mas a decisão de ir, independentemente das circunstâncias, tem de existir num determinado momento. O problema é que eu não tomei ainda nenhuma decisão e só agora é que percebi.

Não é todos os dias que se tropeça literalmente em alguém especial. Eu não estava à procura de nada, aliás, estava tudo menos à procura, evitei várias vezes esses meandros da vida nos últimos tempos... Se é bom ter alguém assim por perto? Sim, é para lá de espectacular (agora que penso nisso, se calhar até consigo referir alguns dos motivos pelos quais ando a pairar - ui!) mas vamos por partes: eu tenho de pensar porque isto não é assim.

Passei-me desta cabeça, consigo passar-me muito mais, consigo andar passada o resto da vida...todos os dias, todas as noites, mas calmex#, tenho de pensar.

E ele? Não faço a mais pequena ideia do que vai naquela cabeça mas tenho a sensação de que se não é como eu, é capaz de ser pior. Por isso, minhas amigas, vou ver se penso.




terça-feira, 25 de março de 2014

Quase dois milhões de portugueses vivem em risco de pobreza

Confesso que antes era uma pessoa mais interventiva, o trabalho e as preocupações desmesuradas que esta vida a chegar aos 30 me traz deixa-me muitas vezes pouco tempo e, também confesso, às vezes, pouca vontade para sequer ler o jornal e as tragédias que os políticos Portugueses protagonizam.

Mas esta notícia não é sobre política, é sobre a ausência dela. É sobre como estão a viver os Portugueses: mal.

Toda a gente sabe que o risco num investimento apenas deve ser assumido quando é calculado e antecipada a  perda máxima a assumir, já num contrato o risco é geralmente repartido entre as partes ou,em muitos casos, a parte com maior capacidade para o suportar  vai acabar por  fazê-lo, sem, contudo, deixar de ser de alguma forma beneficiado por tal.

O risco é um risco e é analisado, discutido, pensado, repensado, negociado, enquadrado, estabilizado e só depois assumido.

Viver em risco de pobreza não é viver. Esta não é uma frase feita. Esqueçamos os números, falamos de pessoas (caramba!!). A estabilidade na vida de uma criança é essencial para que a mesma possa ser educada e sentir o conforto necessário para sonhar e criar.

Como é que se explica a uma criança que hoje pode ter algo mas que amanhã a mãe já não sabe se tem dinheiro para lhe comprar um livro porque, apesar de não ter feito nada para perder o emprego, pode vir a perdê-lo de um dia para o outro sem saber como justificar a uma criança, que hoje estão a morar numa casa mas se para o mês que vem o pai não conseguir assegurar as horas de trabalho, vão ter de ir viver para outro sítio. Não se educam crianças assim, os nossos homens e mulheres de amanhã vão ser quem?

Eu digo: daqui 20 anos vamos encontrar na nossa sociedade o reflexo do que se vê hoje nos miúdos de 6 a 10 anos.

Hoje o fosso nota-se na diferença entre os betinhas da blusa azul e meias até ao joelho com ganchinho ao lado e saia xadrez e aqueles cujos ténis do irmão mais velho estão apertados e já mal entram mas como são da Nike (quando a mãe ainda conseguia comprar) vai continuar a querer usá-los até o dedo maior os romper de vez.

Amanhã a diferença será entre a falta de qualificações de uma geração que ficou refém dos recibos verdes e da governação de uma troika que não conhece o nosso país. Mas pior, de um conjunto de adultos que nada fez para assegurar a continuidade de uma educação digna e condições de vida estáveis a quem ambiciona tão pouco quanto aquilo que são, afinal, os seus direitos.

Apesar de a inteligência não nasce no berço, contudo, não tenhamos ilusões, a betinha do S. João de Brito vai sempre ter mais oportunidades do que o miúdo da EB 2 3 de Moscavide. E até aí não vinha mal nenhum ao mundo porque existia uma certa estabilidade no miudo comum da escola de Moscavide cujos pais sabiam mais ou menos com o que contar. A diferença está a partir daqui: a corda bamba em que Portugal vive, sem respostas, sem objectivos e com pouca visão.

O que é o risco hoje, pode ser a certeza amanhã. A certeza das oportunidades que se perderam porque havia risco, os planos que não se concretizaram porque o risco era muito elevado, os sonhos que nem se sonharam porque o risco não permitiu a ousadia.

Neste risco não está apenas a pobreza que pode levar os mais pobres a não terem pão na mesa, existe toda uma classe média estagnada e com medo de dar passos em frente.

A política não mora apenas na AR, nos documentos e relatórios, mora na casa das pessoas, nos empregos, nas escolas, nos jovens que não partiram e acreditam neste país. Vamos.






quinta-feira, 13 de março de 2014

o sol que me aquece e outras coisas (que também aquecem)

Já não escrevia há imenso tempo. Tive uns dias de loucos aqui no escritório.

Está tudo bem, obrigada! :)

Um sol maravilhoso, resplandecente que nos aquece o corpo e entra na alma. God! o quão mais pirosa consigo eu ser? Mais, muito mais, acreditem.

Não tenho grandes grandes novidades sobre a pessoa de quem falei há uns tempos aqui, só que acho que veio para a minha vida para ficar. Não sei como, em que gaveta dela vai ficar, mas vai. Não é possível deixar sair alguém que é tão parecido connosco e com quem gostamos tanto de estar. Sim, já estive com ele, ele voltou de viagem. 

Que coisa mais surreal, tudo parece normal. O "à vontade" de que falava no meu último post mantém-se ao vivo e isso também me aquece. Aquece muito, é bom, é óptimo, na verdade. Eu que sou a pessoa mais precipitada do mundo, desta vez não estou a ser, e até isso faz disto tudo especial: eu estou a ter "muita calma nessa hora" e sabe-me bem. (ainda há esperança de eu vir num futuro próximo a reduzir uns níveis no meu grau de aceleração normal!!!)

A vida é tão mais linda com sol e eu tenho andado com um sorriso daqueles irritantes que não descola o dia inteiro.

Eu prometo que vou continuar a contar as novidades, mais detalhadas aqui.

Agora deixo um presentinho, oiçam esta música, é boa demais: 

https://www.youtube.com/watch?v=Hy9W_mrY_Vk 

Um beijo e um queijo que alguém tem de trabalhar.

domingo, 2 de março de 2014

máscaras para que te queremos

Diz que hoje é Domingo de Carnaval. Era ver ontem todos os alfacinhas da moda enfiados nas cavalariças do Pestana a brincar ao Carnaval. Foi giro. Máscaras a rigor. Já nem me lembrava de como se comemorava o Carnaval em Portugal, em Londres passa completamente ao lado. Na verdade, é típico existirem festas temáticas todos os fins de semana pela cidade, razão pela qual há mascarados todas semanas pela rua - principalmente homens mascarados de tartaruga e power ranger. Ahhah visões do inferno, muitas vezes, eu diria.

Hoje passei a tarde no escritório só para abrir a pestana, tenho tanto trabalho e ando tão desconcentrada, não sei o que se passa comigo. A partir de amanhã isto vai mudar. Regras da semana: 1. abrir o facebook só 2 vezes por dia; 2. comer só verduras e proteínas porque me fartei de comer no fds; 3. correr; 4. não mandar tantas mensagens ao meu novo amigo algures perdido no mundo.


Quanto ao último ponto, confesso, claro que estou mortinha por falar nele. Tantas coincidências giras, será que cara a cara também existirão? Gostava que sim. Tenho saudades de estar apaixonada. Apetece-me. Só não sei é se sei fazer aquele jogo do início. Eu sei que essas coisas existem e exigem um toca e foge mas a minha paciência não está no seu máximo, para ser sincera.

O jogo dos olhos frente a frente, do desafio físico até pode ser mas do mental não. Não tenho nada a esconder, quero estar com alguém à vontade, dar a minha opinião, dizer as músicas de que gosto, todos os filmes que ridiculamente gostei, dos nomes dos actores que já me esqueci, da falta de argumentos que muitas vezes tenho para ser esquerdosa, de gritar quando me passo da cabeça, de reclamar porque me sai do coração, de ser insegura em muitas coisas e a pessoa mais confiante do mundo noutras. Ai, não quero ter de brincar ao fingir ser outra coisa, para mim não dá.

I'll wait and I'll be myself.





sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Liquidar ou não liquidar: eis a questão

Nem de propósito o tema que me ocupará esta tarde podia ser mais adequado à minha vida nos últimos dias. Mas que maluquice é esta "Marta Maria"?

Uma pessoa conhece outra, simpático, não esquece mas também não lembra. Passados 4 meses lembra-se dela da forma mais inexpectável de sempre. E vai daí o que é que faz? Numa época louca de novas tecnologias , adiciona-a ao fb (óbvio!). E, apesar de ter pensado "ahaha teve mesmo graça ter-me lembrado desta pessoa agora", volta a não lembrar mais. Tudo normal. Tudo Ok. A pessoa de quem se lembrou, vem e pergunta alguma coisa e, por coincidência, há possibilidade de se voltarem a ver. Ok again. It's alright!

Encontram-se outra vez (segunda vez depois de meses sem se lembrarem) e falam normalmente como se se conhecessem há mais, eu diria, com "à vontade". E aí surge todo o problema. De onde é que veio este "à vontade que não é à vontadinha"? Pois, não sei. Será que foi uma feliz coincidência de duas pessoas "à vontade" que se juntam e falam ainda mais "à vontade"? ou será que o "à vontade" surge precisamente porque são aquelas duas pessoas a falar? OMG.

Este "à vontade" ao vivo foi interrompido mas continua desenfreadamente por mensagens. Eu nunca tinha falado tanto por mensagens na minha vida, e o pior é que estou a gostar, ou melhor, estou a achar normal e nem me questiono sobre isso. Mas o que é que me deu?

Eu faço amigos com facilidade, antes de ter tido namorado tantos anos costumava ser a melhor amiga dos rapazes, sempre me identifiquei com eles; talvez seja só isso, não sei, mas a verdade é que me sabe bem falar com ele. Gosto, rio-me para o telemóvel qual doida varrida, oiço as músicas, vejo as fotos, comento fases do meu dia tranquilamente e sinto que já o conheço (que não conheço).

O potencial deste "à vontade", contudo, quando páro para pensar, deixa-me nervosa e a minha reacção ao nervosismo é sorrir. Que nervosismo é este?

Vou esperar que ele volte, não vou liquidar nada antes, preciso tê-lo por perto para descobrir a razão deste "à vontade".

E entretanto tenho de pensar: do que é que eu me vou mascarar?

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Sol, Lisboa, Londres, 2 anos e a miúda que ainda sou.

Lisboa é, sem dúvida, uma cidade linda. Mesmo que sinta saudades de Londres quase todos os dias, sinto-me feliz por estar de volta. Cada fim-de-semana que passo em Lisboa sinto-me de férias, com sítios novos para ir e recantos para descobrir.

Hoje está sol, um sol tímido que aos poucos ganhará coragem para espreitar assiduamente através desta janela; já disse à minha colega de gabinete que no Verão vamos montar uma esplanada ali na Varanda: temos de fazer render esta vida sobre a Avenida.

Tenho saudades do cheiro da Primavera e da brisa de Lisboa de manhã quando se inicia um dia de sol, daqueles a sério.

Vai ser a primeira Primavera em Lisboa desde há dois anos, é estranho: dois anos assim em escala parece tão pouco mas quando os sinto, parece-me uma eternidade, já viram a quantidade de coisas que se pode fazer em dois anos? E a quantidade de coisas que na realidade se fez... quando penso, naquela altura imaginava-me tão crescida, mas agora acho que era uma criança quando agarrei nas minhas coisinhas e me pus a andar desta Lisboa até terras da Rainha.

Certamente que daqui a dois anos quando reler este post vou pensar que hoje também era uma criança. Mas quem é que com a quantidade de trabalho que tem para fazer está alegremente a escrever sobre sol a esta hora? Que miúda inconsciente.

Só para confirmar a tese da pessoa crescida que vai estar a ler este post daqui a 2 anos, vou tecer os comentários sobre a oxigenada que me surgiram hoje durante a hora de almoço e que deverão acrescer àqueles que escrevi aqui ontem.

Quando voltava do almoço hoje com a minha companheira de armas, vimos um casalinho amorooooooso a dar um beijinho (ao sol, claro está!) e eu disse: ora aí está uma coisa de que tenho saudades, a bela da beijoca sem hora marcada, só porque apetece. Tenho saudades de encostar a minha cabeça naquele espaço que fica mais precisamente entre o pescoço e rosto do amado, e ficar ali guardada por uns segundos, a salvo do mundo lá fora. E eis senão quando... me veio o ex ao pensamento. Surpresa, tão depressa veio como desapareceu, foi assim num milésimo de milésimo de bilésimo de segundo, porque logo de seguida me surgiu a oxigenada.

Foi nesta senda, então, que me surgiram mais duas pequenas considerações sobre a dita cuja:

  1. se ela quiser encostar a cabeça no sítio onde eu costumava encostar, vai ter de comprar um daqueles bancos desdobráveis que as senhoras mais idosas levam para ver as marchas populares no Sto António na Avenida e andar sempre com ele atrás, assim quando lhe der vontade do tal encosto, sobe ao banco e já chega ao sítio;
  2. sobre o post facebookiano da senhora (a que acedi antes de ela me bloquear) com um saco da Victoria Secret: só quem não confia no que tem sem lingerie é que se tem de preocupar em excesso com o que tem vestido na hora da verdade (ACHTUNG: eu acho que uma bela cueca e um soutien sexy são coisinha que agrade a qualquer homem mas, MENOS, muita calma, ok? existe todo um excitex que supera essa parte, principalmente no inicio.  Mas quem é que vai ver a marca das cuecas? haja confiança. Eu sei que estou a ser má, no fundo, até percebo: quem tem um cabelo daqueles e pêlos nas pernas tem de desviar a atenção para outros sítios.)


Já vos disse que está um belo dia de sol? E está! May you all have a great Wednesday then!





terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Tantos anos comigo e não aprendeu nada.

Ora bem, isto já se previa: o dia em que eu descubro com quem o meu ex (único na história porque eu só tive este namorado - a sério - na minha vida) anda enrolado meanwhile. Ai que ia morrendo.

Não chorei. Só estremeci. Parecia que tinha "levado com uma pá" na cabeça e o corpo não parava de oscilar como um objecto que não cede à pancada mas mantém-se de pé a tremer de um lado para o outro, "cai não cai", não caí.

A figura da senhora é completamente diferente da minha. Meu Deus, é oxigenada, mínima (1,50 se não estiver a exagerar!), tem umas coxas proporcionais ao tamanho da testa (gigantes) e usa a pele toda à mostra, leia-se, a mostrar as coxas que tem a mais e a falta de maminhas que são, devo fazer jus à coisa, absolutamente inexistentes. É feia. Brega, qual cantora pimba ou mulher de jogador de futebol sem saber onde encaixar tantas rendas, lantejoulas e brilhantes. Estou em choque ainda.

Ainda por cima conheço-a há anos, embora tenha passado outros tantos sem lhe ter posto a vista em cima... (thanks God porque se fosse coisinha que visse regularmente o fluorescente do cabelo oxigenado tinha-me aumentado o estigmatismo) mas o que importa é perguntar: como é que alguém que esteve comigo tantos anos ficou necessitado ao ponto de decair isto tudo?

Das duas três: ou o homem estava mesmo mal, ou ela fez-lhe um feitiço, ou ele não é nada do que eu julgava que fosse e o meu estigmatismo é cerebral, qual capacidade de desfocar uma realidade que estava mesmo à minha frente e eu ignorava. Ele não era nada do que eu pensava, o que eu pensava era o que eu queria que ele fosse.

Vamos a coisas sérias, escrevi-lhe 4 sms  e 2 emails do pior que pode haver: disse tudo o que achava, fiz piadas maldosas que misturei com a realidade do que senti: desilusão, foi um desmoronar.

Já não o amo porque o meu coração não se apertou, senti só pena; é que ele é engraçadinho (juro!) arranjava tão melhor e espero que mude de ideias um dia e encontre o seu caminho porque aquilo claramente (!!!) não é por ali...

Finalmente, vamos ao que interessa: depois de meses sem achar gracinha a ninguém, acho graça a alguém. Mas muita calma nessa hora. Acho que é tão destrambelhado quanto eu, e isso faz-me rir e faz-me querer saber mais. Sentir que me posso voltar a apaixonar, faz-me por si só feliz.

Tenham todos um bom resto de terça-feira.




segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Praticando o Desapego

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira."

Fernando Pessoa

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

a saudade demora

"Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente!
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-as.
Se perder um amor, não se perca!...
Se o achar, segure-o!
Circunde-se de rosas e ame...
O mais é nada".

Fernando Pessoa


Gostava que tudo fosse assim simples mas não é.


Há dias em que nos encontramos com decisões, dias em que encontramos força para novos desafios, outros dias em que nos encontramos connosco próprios simplesmente e admitimos o que tantas vezes negámos.

Não encontro outra razão para tanto sobressalto senão o facto de ainda gostar de alguém. E já não anseio o dia em que passará, vai passar, eu sei, mas não vale a pena tentar adivinhar quando.

As coisas fortes não demoram apenas tempo a construir, demoram a passar.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Valentim Valentim

Terça-feira fiz uma grande grande asneira. Ligar ao ex-namorado que tem outra e que insiste em não te dizer o nome, não é uma coisa boa. Não faz bem à saúde, faz mal, muito mal. O meu coração anda a doer demasiado, dava tudo para apagar isto rapidamente. Quando acabámos tinha a certeza que era o que tinha de fazer. Acho que somos duas forças da natureza que juntas explodem e não encontramos o equilíbrio um no outro. Mas era um amor louco, e esses devem ser os que doem mais. Na realidade nem sei bem, nunca tinha tido nada assim e se voltar a ter mais algum espero que me leve ao altar e seja o pai dos meus filhos. Nada mais, nada menos. Não vou investir em mais nada sem futuro: perda de tempo. O melhor é fazer uma checklist, o próximo vai ter de preencher muitos requisitos ou então vai ter de me deixar maluca.

Esta coisa de se ter alguém tão próximo de nós que de repente desaparece... não podia ser tão fácil como me estava a parecer. Sabia que uma recaída destas estava para vir mas honestamente dispensava.

E ainda por cima hoje é Valentine's day. Não há esforço que evite eu ir sempre parar ao mesmo pensamento, o que é que ele irá, afinal, fazer com a pessoa com quem está? Será que vai fazer alguma coisa? Será que está mesmo apaixonado? Eu não tenho nada a ver com isso, eu sei, mas parece que perdi o controlo sobre a minha lucidez neste campo. Sou ridícula.

Será que se tivesse sido eu a encontrar alguém primeiro estaria assim? Provavelmente não.

A sorte é que tenho bons amigos. Hoje não fico sozinha ao jantar, vou jantar com pessoas com quem já não estou há alguma tempo e de quem tenho saudades, só me pode fazer bem. Rodear-me de pessoas boas é tudo o que posso fazer.

Nunca comemorei o Valentine's day a sério, nem percebo o porquê de lhe estar a dar tanta importância hoje, ou pior, sei: porque desde há 7 anos que não o passava sem ter alguém a quem mandar uma mensagem bem pirosona. Pirosona, que linda palavra! Acho que é isso que eu sou no fundo, a última das românticas que gosta de pensar que ainda existe um príncipe encantado. Mas que sabe que eles não existem. Toda uma contradição.

A todos os apaixonados desta vida, tenham um feliz dia dos namorados, mas mais do que isso, mostrem todos os dias o quanto gostam da pessoa que está convosco. O amor não acontece e permanece eternamente, há que saber cuidá-lo.



terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Posso acordar em Maio?

Estou irritada, passada, doida, com mau-feitio, quero acordar em Maio quando o sol brilhar e existirem Domingos de praia. Quero andar de pernas ao léu, sim. Quero ter a cabeça ocupada com muito mais de bom e muito menos de mau.

Hoje fui a uma aula de body combat, haja boa disposição logo pela manhã. Gostei da aula. Não era fácil mas para primeira vez acho que me desenrasquei: preciso mesmo de aprender a dar uns murros valentes. Principalmente nestes pensamentos negativistas que me têm visitado tão constantemente.

Estava a pensar aproveitar esta semana para alguma actividade cultural, aceitam-se sugestões.


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

kind of impossible

Segunda-feira mas o dia ainda não acabou. Tenho planos, 100 páginas para ler e uma visita ao ginásio, problema? não me apetece fazer nenhuma das duas coisas.

Tenho o coração apertado. Desde ontem à noite que me estou a lembrar constantemente do ex. Já passou tanto tempo desde que nos separámos, o que é que se passa comigo? Acho que a minha teimosia é um inconveniente até para esquecer um amor. Por favor, toda a gente sabe que isto está mais do que acabado: "ele até já tem outra/um caso/whatever dá para perceber?". Pois, não dá. Até me dá mais vontade de ir lá e roubá-lo da outra. Eu queria ser uma pessoa mais normal, juro. Que aperto é este? É físico. Dizem que o coração não dói? ah pois não...


Estou a precisar que me encham de trabalho para voltar a dormir 4 horas por noite, só assim é que sossego. Conviver comigo própria cansa-me. Como é que mais alguém me poderia aturar? kind of impossible.




É segunda-feira outra vez

É segunda-feira outra vez. Não se falava de outra coisa além do vento, da chuva, da lã no Estádio da Luz, do alerta vermelho, do alerta laranja ... enfim, todo um "drama, tragédia e horror" tão típicos desta país. Estava mau tempo, sim, de facto, não há como negá-lo, mas convenhamos, pior do que isso tudo era o facto de ser Domingo e a perspectiva de amanhã (hoje, portanto) ser segunda-feira. Devia existir uma espécie de máquina do tempo, com número de créditos limitado (ok, vá!) para parar o tempo no Sábado à tarde, podíamos usar 10 créditos ao longo da vida... e Sábado eu certamente teria usado um dos meus.

Há toda uma expectativa no Sábado à tarde sobre o dia e meio que ainda nos resta free! Eu sou um bocado (pouco pouco!) obcecada com a contagem decrescente que faço de tudo na vida, mas acho que é normal não? Não somos todos?

Bem, resumindo e concluindo, faz 2 semanas em que tive o meu quase ataque de coração ao saber que o meu ex-namorado de 7 anos (muito tempo, God!) anda "metido" com outra. Pior, não me quis dizer quem ela é. Não é justo, não é justo! Não aguentei, chorei uma horinha (vá), depois até passou mas juro-vos, cada vez que  penso nisso, dói dói... sei la´quando é que isto me vai passar.

Mesmo que vá achando graça a uns e outros, ai que eu acho que vou morrer sozinha. Deus me livre e guarde de deixar mais alguém conhecer-me tão bem nesta vida (pânico).

Bem, vou trabalhar que isto hoje até parece estar tranquilo mas parece-me que vai aquecer quando eu menos esperar...

Life life... hoje de manhã acordei com saudades do meu quartinho na residência em Londres. Oh London London you changed my life.

Tenham todos um bom dia. :)


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Olá olá quero dormir 12 horas

Foi o fim de duas semanas absolutamente loucas! Um trambolhão de trabalho, um turbilhão de emoções quando a cabeça parou.