sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Liquidar ou não liquidar: eis a questão

Nem de propósito o tema que me ocupará esta tarde podia ser mais adequado à minha vida nos últimos dias. Mas que maluquice é esta "Marta Maria"?

Uma pessoa conhece outra, simpático, não esquece mas também não lembra. Passados 4 meses lembra-se dela da forma mais inexpectável de sempre. E vai daí o que é que faz? Numa época louca de novas tecnologias , adiciona-a ao fb (óbvio!). E, apesar de ter pensado "ahaha teve mesmo graça ter-me lembrado desta pessoa agora", volta a não lembrar mais. Tudo normal. Tudo Ok. A pessoa de quem se lembrou, vem e pergunta alguma coisa e, por coincidência, há possibilidade de se voltarem a ver. Ok again. It's alright!

Encontram-se outra vez (segunda vez depois de meses sem se lembrarem) e falam normalmente como se se conhecessem há mais, eu diria, com "à vontade". E aí surge todo o problema. De onde é que veio este "à vontade que não é à vontadinha"? Pois, não sei. Será que foi uma feliz coincidência de duas pessoas "à vontade" que se juntam e falam ainda mais "à vontade"? ou será que o "à vontade" surge precisamente porque são aquelas duas pessoas a falar? OMG.

Este "à vontade" ao vivo foi interrompido mas continua desenfreadamente por mensagens. Eu nunca tinha falado tanto por mensagens na minha vida, e o pior é que estou a gostar, ou melhor, estou a achar normal e nem me questiono sobre isso. Mas o que é que me deu?

Eu faço amigos com facilidade, antes de ter tido namorado tantos anos costumava ser a melhor amiga dos rapazes, sempre me identifiquei com eles; talvez seja só isso, não sei, mas a verdade é que me sabe bem falar com ele. Gosto, rio-me para o telemóvel qual doida varrida, oiço as músicas, vejo as fotos, comento fases do meu dia tranquilamente e sinto que já o conheço (que não conheço).

O potencial deste "à vontade", contudo, quando páro para pensar, deixa-me nervosa e a minha reacção ao nervosismo é sorrir. Que nervosismo é este?

Vou esperar que ele volte, não vou liquidar nada antes, preciso tê-lo por perto para descobrir a razão deste "à vontade".

E entretanto tenho de pensar: do que é que eu me vou mascarar?

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Sol, Lisboa, Londres, 2 anos e a miúda que ainda sou.

Lisboa é, sem dúvida, uma cidade linda. Mesmo que sinta saudades de Londres quase todos os dias, sinto-me feliz por estar de volta. Cada fim-de-semana que passo em Lisboa sinto-me de férias, com sítios novos para ir e recantos para descobrir.

Hoje está sol, um sol tímido que aos poucos ganhará coragem para espreitar assiduamente através desta janela; já disse à minha colega de gabinete que no Verão vamos montar uma esplanada ali na Varanda: temos de fazer render esta vida sobre a Avenida.

Tenho saudades do cheiro da Primavera e da brisa de Lisboa de manhã quando se inicia um dia de sol, daqueles a sério.

Vai ser a primeira Primavera em Lisboa desde há dois anos, é estranho: dois anos assim em escala parece tão pouco mas quando os sinto, parece-me uma eternidade, já viram a quantidade de coisas que se pode fazer em dois anos? E a quantidade de coisas que na realidade se fez... quando penso, naquela altura imaginava-me tão crescida, mas agora acho que era uma criança quando agarrei nas minhas coisinhas e me pus a andar desta Lisboa até terras da Rainha.

Certamente que daqui a dois anos quando reler este post vou pensar que hoje também era uma criança. Mas quem é que com a quantidade de trabalho que tem para fazer está alegremente a escrever sobre sol a esta hora? Que miúda inconsciente.

Só para confirmar a tese da pessoa crescida que vai estar a ler este post daqui a 2 anos, vou tecer os comentários sobre a oxigenada que me surgiram hoje durante a hora de almoço e que deverão acrescer àqueles que escrevi aqui ontem.

Quando voltava do almoço hoje com a minha companheira de armas, vimos um casalinho amorooooooso a dar um beijinho (ao sol, claro está!) e eu disse: ora aí está uma coisa de que tenho saudades, a bela da beijoca sem hora marcada, só porque apetece. Tenho saudades de encostar a minha cabeça naquele espaço que fica mais precisamente entre o pescoço e rosto do amado, e ficar ali guardada por uns segundos, a salvo do mundo lá fora. E eis senão quando... me veio o ex ao pensamento. Surpresa, tão depressa veio como desapareceu, foi assim num milésimo de milésimo de bilésimo de segundo, porque logo de seguida me surgiu a oxigenada.

Foi nesta senda, então, que me surgiram mais duas pequenas considerações sobre a dita cuja:

  1. se ela quiser encostar a cabeça no sítio onde eu costumava encostar, vai ter de comprar um daqueles bancos desdobráveis que as senhoras mais idosas levam para ver as marchas populares no Sto António na Avenida e andar sempre com ele atrás, assim quando lhe der vontade do tal encosto, sobe ao banco e já chega ao sítio;
  2. sobre o post facebookiano da senhora (a que acedi antes de ela me bloquear) com um saco da Victoria Secret: só quem não confia no que tem sem lingerie é que se tem de preocupar em excesso com o que tem vestido na hora da verdade (ACHTUNG: eu acho que uma bela cueca e um soutien sexy são coisinha que agrade a qualquer homem mas, MENOS, muita calma, ok? existe todo um excitex que supera essa parte, principalmente no inicio.  Mas quem é que vai ver a marca das cuecas? haja confiança. Eu sei que estou a ser má, no fundo, até percebo: quem tem um cabelo daqueles e pêlos nas pernas tem de desviar a atenção para outros sítios.)


Já vos disse que está um belo dia de sol? E está! May you all have a great Wednesday then!





terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Tantos anos comigo e não aprendeu nada.

Ora bem, isto já se previa: o dia em que eu descubro com quem o meu ex (único na história porque eu só tive este namorado - a sério - na minha vida) anda enrolado meanwhile. Ai que ia morrendo.

Não chorei. Só estremeci. Parecia que tinha "levado com uma pá" na cabeça e o corpo não parava de oscilar como um objecto que não cede à pancada mas mantém-se de pé a tremer de um lado para o outro, "cai não cai", não caí.

A figura da senhora é completamente diferente da minha. Meu Deus, é oxigenada, mínima (1,50 se não estiver a exagerar!), tem umas coxas proporcionais ao tamanho da testa (gigantes) e usa a pele toda à mostra, leia-se, a mostrar as coxas que tem a mais e a falta de maminhas que são, devo fazer jus à coisa, absolutamente inexistentes. É feia. Brega, qual cantora pimba ou mulher de jogador de futebol sem saber onde encaixar tantas rendas, lantejoulas e brilhantes. Estou em choque ainda.

Ainda por cima conheço-a há anos, embora tenha passado outros tantos sem lhe ter posto a vista em cima... (thanks God porque se fosse coisinha que visse regularmente o fluorescente do cabelo oxigenado tinha-me aumentado o estigmatismo) mas o que importa é perguntar: como é que alguém que esteve comigo tantos anos ficou necessitado ao ponto de decair isto tudo?

Das duas três: ou o homem estava mesmo mal, ou ela fez-lhe um feitiço, ou ele não é nada do que eu julgava que fosse e o meu estigmatismo é cerebral, qual capacidade de desfocar uma realidade que estava mesmo à minha frente e eu ignorava. Ele não era nada do que eu pensava, o que eu pensava era o que eu queria que ele fosse.

Vamos a coisas sérias, escrevi-lhe 4 sms  e 2 emails do pior que pode haver: disse tudo o que achava, fiz piadas maldosas que misturei com a realidade do que senti: desilusão, foi um desmoronar.

Já não o amo porque o meu coração não se apertou, senti só pena; é que ele é engraçadinho (juro!) arranjava tão melhor e espero que mude de ideias um dia e encontre o seu caminho porque aquilo claramente (!!!) não é por ali...

Finalmente, vamos ao que interessa: depois de meses sem achar gracinha a ninguém, acho graça a alguém. Mas muita calma nessa hora. Acho que é tão destrambelhado quanto eu, e isso faz-me rir e faz-me querer saber mais. Sentir que me posso voltar a apaixonar, faz-me por si só feliz.

Tenham todos um bom resto de terça-feira.




segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Praticando o Desapego

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira."

Fernando Pessoa

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

a saudade demora

"Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente!
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-as.
Se perder um amor, não se perca!...
Se o achar, segure-o!
Circunde-se de rosas e ame...
O mais é nada".

Fernando Pessoa


Gostava que tudo fosse assim simples mas não é.


Há dias em que nos encontramos com decisões, dias em que encontramos força para novos desafios, outros dias em que nos encontramos connosco próprios simplesmente e admitimos o que tantas vezes negámos.

Não encontro outra razão para tanto sobressalto senão o facto de ainda gostar de alguém. E já não anseio o dia em que passará, vai passar, eu sei, mas não vale a pena tentar adivinhar quando.

As coisas fortes não demoram apenas tempo a construir, demoram a passar.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Valentim Valentim

Terça-feira fiz uma grande grande asneira. Ligar ao ex-namorado que tem outra e que insiste em não te dizer o nome, não é uma coisa boa. Não faz bem à saúde, faz mal, muito mal. O meu coração anda a doer demasiado, dava tudo para apagar isto rapidamente. Quando acabámos tinha a certeza que era o que tinha de fazer. Acho que somos duas forças da natureza que juntas explodem e não encontramos o equilíbrio um no outro. Mas era um amor louco, e esses devem ser os que doem mais. Na realidade nem sei bem, nunca tinha tido nada assim e se voltar a ter mais algum espero que me leve ao altar e seja o pai dos meus filhos. Nada mais, nada menos. Não vou investir em mais nada sem futuro: perda de tempo. O melhor é fazer uma checklist, o próximo vai ter de preencher muitos requisitos ou então vai ter de me deixar maluca.

Esta coisa de se ter alguém tão próximo de nós que de repente desaparece... não podia ser tão fácil como me estava a parecer. Sabia que uma recaída destas estava para vir mas honestamente dispensava.

E ainda por cima hoje é Valentine's day. Não há esforço que evite eu ir sempre parar ao mesmo pensamento, o que é que ele irá, afinal, fazer com a pessoa com quem está? Será que vai fazer alguma coisa? Será que está mesmo apaixonado? Eu não tenho nada a ver com isso, eu sei, mas parece que perdi o controlo sobre a minha lucidez neste campo. Sou ridícula.

Será que se tivesse sido eu a encontrar alguém primeiro estaria assim? Provavelmente não.

A sorte é que tenho bons amigos. Hoje não fico sozinha ao jantar, vou jantar com pessoas com quem já não estou há alguma tempo e de quem tenho saudades, só me pode fazer bem. Rodear-me de pessoas boas é tudo o que posso fazer.

Nunca comemorei o Valentine's day a sério, nem percebo o porquê de lhe estar a dar tanta importância hoje, ou pior, sei: porque desde há 7 anos que não o passava sem ter alguém a quem mandar uma mensagem bem pirosona. Pirosona, que linda palavra! Acho que é isso que eu sou no fundo, a última das românticas que gosta de pensar que ainda existe um príncipe encantado. Mas que sabe que eles não existem. Toda uma contradição.

A todos os apaixonados desta vida, tenham um feliz dia dos namorados, mas mais do que isso, mostrem todos os dias o quanto gostam da pessoa que está convosco. O amor não acontece e permanece eternamente, há que saber cuidá-lo.



terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Posso acordar em Maio?

Estou irritada, passada, doida, com mau-feitio, quero acordar em Maio quando o sol brilhar e existirem Domingos de praia. Quero andar de pernas ao léu, sim. Quero ter a cabeça ocupada com muito mais de bom e muito menos de mau.

Hoje fui a uma aula de body combat, haja boa disposição logo pela manhã. Gostei da aula. Não era fácil mas para primeira vez acho que me desenrasquei: preciso mesmo de aprender a dar uns murros valentes. Principalmente nestes pensamentos negativistas que me têm visitado tão constantemente.

Estava a pensar aproveitar esta semana para alguma actividade cultural, aceitam-se sugestões.


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

kind of impossible

Segunda-feira mas o dia ainda não acabou. Tenho planos, 100 páginas para ler e uma visita ao ginásio, problema? não me apetece fazer nenhuma das duas coisas.

Tenho o coração apertado. Desde ontem à noite que me estou a lembrar constantemente do ex. Já passou tanto tempo desde que nos separámos, o que é que se passa comigo? Acho que a minha teimosia é um inconveniente até para esquecer um amor. Por favor, toda a gente sabe que isto está mais do que acabado: "ele até já tem outra/um caso/whatever dá para perceber?". Pois, não dá. Até me dá mais vontade de ir lá e roubá-lo da outra. Eu queria ser uma pessoa mais normal, juro. Que aperto é este? É físico. Dizem que o coração não dói? ah pois não...


Estou a precisar que me encham de trabalho para voltar a dormir 4 horas por noite, só assim é que sossego. Conviver comigo própria cansa-me. Como é que mais alguém me poderia aturar? kind of impossible.




É segunda-feira outra vez

É segunda-feira outra vez. Não se falava de outra coisa além do vento, da chuva, da lã no Estádio da Luz, do alerta vermelho, do alerta laranja ... enfim, todo um "drama, tragédia e horror" tão típicos desta país. Estava mau tempo, sim, de facto, não há como negá-lo, mas convenhamos, pior do que isso tudo era o facto de ser Domingo e a perspectiva de amanhã (hoje, portanto) ser segunda-feira. Devia existir uma espécie de máquina do tempo, com número de créditos limitado (ok, vá!) para parar o tempo no Sábado à tarde, podíamos usar 10 créditos ao longo da vida... e Sábado eu certamente teria usado um dos meus.

Há toda uma expectativa no Sábado à tarde sobre o dia e meio que ainda nos resta free! Eu sou um bocado (pouco pouco!) obcecada com a contagem decrescente que faço de tudo na vida, mas acho que é normal não? Não somos todos?

Bem, resumindo e concluindo, faz 2 semanas em que tive o meu quase ataque de coração ao saber que o meu ex-namorado de 7 anos (muito tempo, God!) anda "metido" com outra. Pior, não me quis dizer quem ela é. Não é justo, não é justo! Não aguentei, chorei uma horinha (vá), depois até passou mas juro-vos, cada vez que  penso nisso, dói dói... sei la´quando é que isto me vai passar.

Mesmo que vá achando graça a uns e outros, ai que eu acho que vou morrer sozinha. Deus me livre e guarde de deixar mais alguém conhecer-me tão bem nesta vida (pânico).

Bem, vou trabalhar que isto hoje até parece estar tranquilo mas parece-me que vai aquecer quando eu menos esperar...

Life life... hoje de manhã acordei com saudades do meu quartinho na residência em Londres. Oh London London you changed my life.

Tenham todos um bom dia. :)


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Olá olá quero dormir 12 horas

Foi o fim de duas semanas absolutamente loucas! Um trambolhão de trabalho, um turbilhão de emoções quando a cabeça parou.