segunda-feira, 31 de março de 2014

Vou ali e já venho

Era o que me apetecia fazer agora, ir até ali num pé e não voltar tão cedo.

Reclamo muito mesmo mas nunca me recuso a nada, adoro o que faço e para mim não faria sentido viver de outra forma mas saber sair da bolha às vezes faz parte de manter a saúde mental. Preciso de férias.

Férias que não vão ocorrer tão cedo.

O que eu preciso afinal é de um mojito. "À segunda-feira?" Perguntam vocês... Sim, à segunda-feira, não dizem que é o dia mais difícil da semana? Então é por isso mesmo que eu preciso dele.

E já agora uma massagem também dava jeito porque sou tão pouco exagerada que me rebentei no gym e hoje mal consigo andar.

Do que é que preciso mais? Hmmm ... (de férias! ah mas isso já disse) também precisava de alguém para me engomar a roupa.  Se der para ser alguém que engome a roupa e me faça a massagem, meça um 1,85 e tenha uns bíceps trabalhados para me carregar os sacos das compras (claro!) também serve.


 

quarta-feira, 26 de março de 2014

Estranhezas à la Marta Maria

Não faço ideia o que se tem passado comigo nos últimos dias. Sinto-me a pairar e até gosto porque de certa forma sou uma miúda de emoções mas calmex#. Porque é que eu ando a mil?

Pois bem, diria que ando a mil porque (i) ando cheia de trabalho, (ii) porque me sinto menos concentrada do que o habitual, (iii) porque não páro em casa mais do que para dormir (às vezes) e (iv)  porque conheci alguém que em vez de me travar, me acelera mais (e a culpa não é dele, é minha que não sei o que ando a fazer!!!).

Ora, hoje que parei para pensar, o que é que se deu? Estou toda confusa desta cabeça, eu não controlei nada do que fiz nas últimas 2 semanas, fiz e pronto. E agora? Agora não sei onde é que estou. E aí sim se liga o complicómetro.

Em bom da verdade, eu sou uma pessoa que vai, que se deixa levar e corre e faz trinta por uma linha nesta vida louca, mas (lá está!) não vai sem pensar. Isto não significa que a pessoa não vá sabendo que vai temporariamente e que pode voltar ou não voltar, ou voltar toda partida com uma sova que tenha apanhado, mas a decisão de ir, independentemente das circunstâncias, tem de existir num determinado momento. O problema é que eu não tomei ainda nenhuma decisão e só agora é que percebi.

Não é todos os dias que se tropeça literalmente em alguém especial. Eu não estava à procura de nada, aliás, estava tudo menos à procura, evitei várias vezes esses meandros da vida nos últimos tempos... Se é bom ter alguém assim por perto? Sim, é para lá de espectacular (agora que penso nisso, se calhar até consigo referir alguns dos motivos pelos quais ando a pairar - ui!) mas vamos por partes: eu tenho de pensar porque isto não é assim.

Passei-me desta cabeça, consigo passar-me muito mais, consigo andar passada o resto da vida...todos os dias, todas as noites, mas calmex#, tenho de pensar.

E ele? Não faço a mais pequena ideia do que vai naquela cabeça mas tenho a sensação de que se não é como eu, é capaz de ser pior. Por isso, minhas amigas, vou ver se penso.




terça-feira, 25 de março de 2014

Quase dois milhões de portugueses vivem em risco de pobreza

Confesso que antes era uma pessoa mais interventiva, o trabalho e as preocupações desmesuradas que esta vida a chegar aos 30 me traz deixa-me muitas vezes pouco tempo e, também confesso, às vezes, pouca vontade para sequer ler o jornal e as tragédias que os políticos Portugueses protagonizam.

Mas esta notícia não é sobre política, é sobre a ausência dela. É sobre como estão a viver os Portugueses: mal.

Toda a gente sabe que o risco num investimento apenas deve ser assumido quando é calculado e antecipada a  perda máxima a assumir, já num contrato o risco é geralmente repartido entre as partes ou,em muitos casos, a parte com maior capacidade para o suportar  vai acabar por  fazê-lo, sem, contudo, deixar de ser de alguma forma beneficiado por tal.

O risco é um risco e é analisado, discutido, pensado, repensado, negociado, enquadrado, estabilizado e só depois assumido.

Viver em risco de pobreza não é viver. Esta não é uma frase feita. Esqueçamos os números, falamos de pessoas (caramba!!). A estabilidade na vida de uma criança é essencial para que a mesma possa ser educada e sentir o conforto necessário para sonhar e criar.

Como é que se explica a uma criança que hoje pode ter algo mas que amanhã a mãe já não sabe se tem dinheiro para lhe comprar um livro porque, apesar de não ter feito nada para perder o emprego, pode vir a perdê-lo de um dia para o outro sem saber como justificar a uma criança, que hoje estão a morar numa casa mas se para o mês que vem o pai não conseguir assegurar as horas de trabalho, vão ter de ir viver para outro sítio. Não se educam crianças assim, os nossos homens e mulheres de amanhã vão ser quem?

Eu digo: daqui 20 anos vamos encontrar na nossa sociedade o reflexo do que se vê hoje nos miúdos de 6 a 10 anos.

Hoje o fosso nota-se na diferença entre os betinhas da blusa azul e meias até ao joelho com ganchinho ao lado e saia xadrez e aqueles cujos ténis do irmão mais velho estão apertados e já mal entram mas como são da Nike (quando a mãe ainda conseguia comprar) vai continuar a querer usá-los até o dedo maior os romper de vez.

Amanhã a diferença será entre a falta de qualificações de uma geração que ficou refém dos recibos verdes e da governação de uma troika que não conhece o nosso país. Mas pior, de um conjunto de adultos que nada fez para assegurar a continuidade de uma educação digna e condições de vida estáveis a quem ambiciona tão pouco quanto aquilo que são, afinal, os seus direitos.

Apesar de a inteligência não nasce no berço, contudo, não tenhamos ilusões, a betinha do S. João de Brito vai sempre ter mais oportunidades do que o miúdo da EB 2 3 de Moscavide. E até aí não vinha mal nenhum ao mundo porque existia uma certa estabilidade no miudo comum da escola de Moscavide cujos pais sabiam mais ou menos com o que contar. A diferença está a partir daqui: a corda bamba em que Portugal vive, sem respostas, sem objectivos e com pouca visão.

O que é o risco hoje, pode ser a certeza amanhã. A certeza das oportunidades que se perderam porque havia risco, os planos que não se concretizaram porque o risco era muito elevado, os sonhos que nem se sonharam porque o risco não permitiu a ousadia.

Neste risco não está apenas a pobreza que pode levar os mais pobres a não terem pão na mesa, existe toda uma classe média estagnada e com medo de dar passos em frente.

A política não mora apenas na AR, nos documentos e relatórios, mora na casa das pessoas, nos empregos, nas escolas, nos jovens que não partiram e acreditam neste país. Vamos.






quinta-feira, 13 de março de 2014

o sol que me aquece e outras coisas (que também aquecem)

Já não escrevia há imenso tempo. Tive uns dias de loucos aqui no escritório.

Está tudo bem, obrigada! :)

Um sol maravilhoso, resplandecente que nos aquece o corpo e entra na alma. God! o quão mais pirosa consigo eu ser? Mais, muito mais, acreditem.

Não tenho grandes grandes novidades sobre a pessoa de quem falei há uns tempos aqui, só que acho que veio para a minha vida para ficar. Não sei como, em que gaveta dela vai ficar, mas vai. Não é possível deixar sair alguém que é tão parecido connosco e com quem gostamos tanto de estar. Sim, já estive com ele, ele voltou de viagem. 

Que coisa mais surreal, tudo parece normal. O "à vontade" de que falava no meu último post mantém-se ao vivo e isso também me aquece. Aquece muito, é bom, é óptimo, na verdade. Eu que sou a pessoa mais precipitada do mundo, desta vez não estou a ser, e até isso faz disto tudo especial: eu estou a ter "muita calma nessa hora" e sabe-me bem. (ainda há esperança de eu vir num futuro próximo a reduzir uns níveis no meu grau de aceleração normal!!!)

A vida é tão mais linda com sol e eu tenho andado com um sorriso daqueles irritantes que não descola o dia inteiro.

Eu prometo que vou continuar a contar as novidades, mais detalhadas aqui.

Agora deixo um presentinho, oiçam esta música, é boa demais: 

https://www.youtube.com/watch?v=Hy9W_mrY_Vk 

Um beijo e um queijo que alguém tem de trabalhar.

domingo, 2 de março de 2014

máscaras para que te queremos

Diz que hoje é Domingo de Carnaval. Era ver ontem todos os alfacinhas da moda enfiados nas cavalariças do Pestana a brincar ao Carnaval. Foi giro. Máscaras a rigor. Já nem me lembrava de como se comemorava o Carnaval em Portugal, em Londres passa completamente ao lado. Na verdade, é típico existirem festas temáticas todos os fins de semana pela cidade, razão pela qual há mascarados todas semanas pela rua - principalmente homens mascarados de tartaruga e power ranger. Ahhah visões do inferno, muitas vezes, eu diria.

Hoje passei a tarde no escritório só para abrir a pestana, tenho tanto trabalho e ando tão desconcentrada, não sei o que se passa comigo. A partir de amanhã isto vai mudar. Regras da semana: 1. abrir o facebook só 2 vezes por dia; 2. comer só verduras e proteínas porque me fartei de comer no fds; 3. correr; 4. não mandar tantas mensagens ao meu novo amigo algures perdido no mundo.


Quanto ao último ponto, confesso, claro que estou mortinha por falar nele. Tantas coincidências giras, será que cara a cara também existirão? Gostava que sim. Tenho saudades de estar apaixonada. Apetece-me. Só não sei é se sei fazer aquele jogo do início. Eu sei que essas coisas existem e exigem um toca e foge mas a minha paciência não está no seu máximo, para ser sincera.

O jogo dos olhos frente a frente, do desafio físico até pode ser mas do mental não. Não tenho nada a esconder, quero estar com alguém à vontade, dar a minha opinião, dizer as músicas de que gosto, todos os filmes que ridiculamente gostei, dos nomes dos actores que já me esqueci, da falta de argumentos que muitas vezes tenho para ser esquerdosa, de gritar quando me passo da cabeça, de reclamar porque me sai do coração, de ser insegura em muitas coisas e a pessoa mais confiante do mundo noutras. Ai, não quero ter de brincar ao fingir ser outra coisa, para mim não dá.

I'll wait and I'll be myself.